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Celebração IBMorumbi – Como lidamos com nossos pecados e com os pecados dos outros?

Celebração IBMorumbi – Como lidamos com nossos pecados e com os pecados dos outros?

Nesta celebração da Igreja Batista do Morumbi, o Pastor Lucas Vieira nos trouxe uma reflexão baseada no texto da Bíblia de Gálatas 6.1-10, a carta do apóstolo Paulo à igreja de Gálatas. Hoje, o Pastor Lucas nos mostrou que os verdadeiros discípulos de Jesus praticam a compaixão. Nós, como discípulos e igreja do Senhor, precisamos ser aqueles que se compadecem uns dos outros. “Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.” (Gálatas 6.10)

A igreja é uma boa notícia para o mundo de pecadores. Ela deveria ser uma boa notícia para um mundo que peca, que se destrói e se esconde de Deus. Não pode ser o mundo que teme a igreja, mas sim um mundo que se percebe necessitado da igreja porque ela é formada pelos discípulos de Jesus, e estes se compadecem dos pecadores.

A principal marca da igreja não é a ausência de pecados, mas sim a maneira como ela trata os pecados e os pecadores. Na igreja, há pecadores com pecados horrendos, mas a diferença da igreja em relação ao mundo é que os discípulos de Cristo entendem e creem que o Espírito Santo é restaurador, e através da força que o Espírito Santo nos dá, podemos buscar a santidade e sermos tratados em nossas fraquezas e necessidades. “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.” (Gálatas 6.9)

Como lidamos com nossos pecados e com os pecados dos outros? Em parte, lidamos com os pecados dos outros como legalistas moralistas: excluímos, caluniamos, difamamos, criamos novas histórias, excluímos da nossa comunidade. Nosso coração está inclinado não só à justiça, mas à vingança de punir o pecador. Agimos como os judeus na época da lei. Temos duas inclinações da nossa carne para lidar com o pecador: a primeira é ser moralista e julgar a pessoa, praticando a justiça e vingança ou juízo; por outro lado, temos o caminho de deixar para lá, não nos envolver e deixar a pessoa no erro, agindo como se não fosse problema nosso. Mas o apóstolo Paulo nos exorta a lidar com isso com compaixão. Para o apóstolo Paulo, o pecado é algo que destrói a vida de quem peca e a vida daqueles que estão ao redor, trazendo destruição, dor, sofrimento e feridas.

Quando olhamos o pecado como esse mal que acaba com a vida da pessoa, vemos que a pessoa não precisa de julgamentos nem de vingança, e sim de compaixão. Ela precisa de libertação de alguém que é enviado por Deus e diz: “Isso está te destruindo, saia dessa situação.” Precisamos ser aqueles que ajudam a pessoa a sair dessa situação, agindo com compaixão. Quem está no pecado já está castigado, no sofrimento. O que a pessoa precisa é de acolhimento e ajuda. Precisamos, como comunidade, ser pessoas que olham com compaixão para as pessoas. “O que está sendo instruído na palavra, partilhe todas as coisas boas com quem o instrui.” (Gálatas 6.6)

Um discípulo de Jesus confronta com mansidão, com a intenção de restaurar, não com a intenção de julgar, tripudiar, caluniar, difamar; podemos libertar a pessoa, salvá-la. A intenção do servo de Deus tem que ser restaurar, ajudar a pessoa na restauração que o pecado trouxe para a vida dela, ser alguém que Deus enviou para ajudar a pessoa. “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuidem-se, porém, cada um para que também não seja tentado.” (Gálatas 6.1)

A igreja de Jesus é o lugar dos discípulos de Jesus e esse ambiente onde o pecador não tem medo do chicote da condenação, mas um ambiente que o pecador sabe que vai ser confrontado, mas que também será acolhido e restaurado, porque o pecado está destruindo a vida dele, da sua família, a sociedade e todo o país. Os judeus eram especialistas em tornar os fardos dos outros mais pesados, com todo o julgamento pelo pecado, mas Jesus disse que podíamos lançar sobre Ele todo nosso fardo e julgo, Jesus nos dá a boa notícia de que não estamos sozinhos, temos Cristo e temos uns aos outros. “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.” (Mateus 11.28)

Jesus nos exorta a levarmos os fardos uns dos outros, a sermos um como Ele e o Pai são um só (João 10.30). A igreja é o corpo vivo de Cristo, somos a noiva de Cristo. Precisamos nos suportar em amor uns aos outros, compartilhando as cargas pesadas uns dos outros. “Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo.” (Gálatas 6.2)

Quando eu julgo alguém, eu me coloco na posição de santo e perfeito, como se o pecado do irmão fosse maior que o meu. Mas Paulo nos exorta a não nos compararmos com nossos irmãos, mas nos compararmos a Cristo, e quando fazemos isso, vemos o quanto somos pecadores. Então, não podemos nos colocar na posição de recriminar ou dar peso ao pecado do outro. Somos pecadores iguais, com pecados diferentes, mas todos pecadores, com a consciência de que, comparado a Cristo, somos pecadores. A mesma tentação do irmão também me tenta, essa inclinação ao pecado também me puxa. Se não fosse a bondade de Cristo, estaríamos completamente perdidos; todos precisamos da misericórdia e da graça de Deus para pegarmos o caminho certo. Nosso referencial é Cristo, nós o seguimos como discípulos dele. Não podemos nos comparar com os outros, mas devemos nos comparar a Cristo. “Se alguém se considera alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Cada um examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém.” (Gálatas 6.3-4)

Precisamos viver com Deus em comunhão com Ele para que isso flua naturalmente em nossas vidas, essa compaixão genuína que vem de Deus. Se desenvolve em nós através do Espírito Santo, à medida que nos entregamos à vontade de Deus. Os discípulos de Jesus levam as cargas uns dos outros.

Queremos te convidar para caminharmos juntos como igreja e comunidade de Cristo, para juntos aprendermos e nos tornarmos cada vez mais discípulos verdadeiros de Jesus. “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.” (Gálatas 6.9)

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