ENFRENTANDO O DILEMA SOBRE ABORTO
“As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como lhes ordenara o rei do Egito; antes, deixaram viver os meninos.” Êxodo 1:17
Duas parteiras têm uma participação histórica na vida do povo de Israel. O nome delas aparece apenas uma vez na história em Êxodo 1:17. Elas poderiam ter entrado na história dos egípcios como duas mulheres que participaram ativamente de um infanticídio. Receberam a ordem do faraó para escolher a vida e a morte de crianças. Se, ao ajudarem as mulheres hebreias, estas tivessem dado à luz a um menino, elas deveriam matar o bebê.
Mas, onde Sifrá e Puá entram na história de Israel? Quando Joquebede deu à luz ao seu segundo filho, essas mulheres precisaram fazer uma escolha: obedecer ao faraó ou obedecer a Deus. Um dos frutos dessa escolha por obedecer a Deus foi Moisés. As duas parteiras nem imaginavam que aquele bebê que foi poupado da morte um dia se tornaria Moisés, o homem que Deus usou para libertar o povo de Israel da opressão do império egípcio.
Quando o faraó percebeu que os meninos continuavam nascendo entre os escravos israelitas, convocou as parteiras para uma conversa de gabinete. Mas o texto diz que elas foram preservadas. O texto em Êxodo 1:20 diz que Deus foi bondoso ou gracioso com as parteiras.
Isso nos leva a três aplicações práticas quando falamos de aborto e procuramos entender a dor de quem está pensando em fazê-lo. Primeiro, ao preservar a vida de um bebê, estamos sendo parceiros de Deus na história que Ele quer desenvolver na vida que foi gerada. E isso independente da forma como o bebê foi gerado. Somente Deus tem o poder de dar ou tirar a vida de alguém. Segundo, ao escolher obedecer a Deus, Ele também cuidou das parteiras e preservou-lhes a vida. O que isso significa? Quando agimos dentro da vontade de Deus, Ele nos dá os recursos para lidarmos com as consequências dessa obediência.
Tendo essa experiência das parteiras e o cuidado que Deus proveu para elas, como trazer isso para uma situação em que uma mãe ou um casal deve decidir se provocam ou não um aborto? O Deus a quem Sifrá e Puá serviram é o mesmo Deus em nossas vidas. É interessante que os nomes Sifrá e Puá significam, respectivamente, aquele que é bondoso (ou bondosa) e esplendoroso. As duas foram usadas por Deus, e a escolha delas foi um instrumento de Deus para causar algo belo e esplendoroso na vida da futura nação de Israel.
Uma oração – Pai amado, pedimos que, a cada dia, esta verdade reine em nós. Se um dia ficarmos entre abortar ou não, que possamos lembrar que, através de um bebê cuja gestação foi indesejada, devemos olhar através dos Teus olhos. Dar à luz e confiar que farás do bebê também algo belo e esplendoroso. Pedimos em nome de Jesus, amém.